OS 4 ESTÁGIOS DO CAMINHO DA ESPIRITUALIDADE

O conhecimento da verdade está disponível para aqueles que realmente o buscam, desde que estes passem pelos quatro estágios, que propiciam o recebimento do mesmo:

Ruptura
Abertura
(Re)adaptação
Libertação


RUPTURA:

É a momento em que a pessoa sofre algo que abala as estruturas de sua mente racional ou seus parâmetros emocionais, como a morte de um ente querido, uma manifestação paranormal…É um estágio muito delicado, onde a pessoa pode se ver perdida, pois houve o desligamento de algo dentro dela. Algo que
talvez tenha criado raízes profundas e que agora está morrendo ou morreu, principalmente se ela era ou é religiosa. É o momento de choque com o mundo, onde ela questiona o que antes obedecia fielmente, pois o que percebe não encontra respostas coerentes nestes meios e as autoridades que antes seguia, emudecem diante dos fatos que eles mesmos ignoram. Força é o que o aspirante deve exercer nesta fase, pois estará enfrentando não só seus próprios paradigmas conscienciais internos, a dúvida e o medo, mas também aqueles mais próximos que ainda estiverem em padrões psíquicos aprisionantes. 

Buscai: Mateus 10:34


ABERTURA:

É a fase em que ela está disposta a buscar novas formas de ver o mundo, novos paradigmas existenciais, novas “fronteiras perceptivas” que possam fazê-la compreender e assimilar o que ela agora está enfrentando.
Este momento de abertura também é muito delicado e perigoso, pois é sempre neste ponto em que os seres obscuros “captam” as pessoas, ludibriando-as, geralmente aproveitando de seu momento de fragilidade consciencial e de serem neófitos nos assuntos do infinito para lhes implantarem outro sistema de crença. Se este momento não for acompanhado por pessoas lúcidas ou mentores espirituais, é como sair do espeto e cair na brasa, pois tenderá a acreditar em falsas premissas tão mais perversamente arquitetadas ainda do que as religiosas, céticas ou agnósticas. Seriedade, frieza, discernimento e principalmente, conexão com o Deus interno, o “abwoom” mencionado por Yeshua no pai nosso em aramaico, é o que o aspirante deve exercer nesta fase. 

Buscai: Lucas 17:20,21


READAPTAÇÃO:

Estágio  onde o aspirante conseguiu com êxito ( e ou está conseguindo) lidar com os estágios anteriores e começa a se encaixar em novos conceitos de abordagem da realidade. Sua consciência está em expansão como uma nascente que corre por entre o solo buscando um caminho para desaguar em um outro rio, se tornar uma cachoeira ou desaparecer no mar da essência. Também começa a conjecturar, não mais com base em dogmas, doutrinas, teorias e falácias, mas sim de acordo com sua própria experiência e lucidez, novos padrões de ação e reação aos eventos externos. Se antes temia a morte, agora a compreende. Se antes temia demônios, agora até fala com eles. É o estágio de encontrar-se. E neste estágio também encontra outros como ele e vê que não está sozinho. O perigo deste estágio é apenas se iludir no próprio ego, tentando criar sistemas, doutrinas e teorias próprias sem a humildade necessária para se reconhecer como um eterno buscador. Caso falhe, o aspirante se julga um “desperto”, um “contatado”, um ser “especial” e torna-se ele mesmo um manipulador de consciências que estão nos estágios anteriores citados. Quantos não caem nesta desgraça…Quantos!
Humildade e lucidez, é o que deve ser exercido neste estágio.

Buscai: Mateus 9:14-17 e Mateus 6:33


LIBERTAÇÃO:

O último estágio, mas ondes muitos fracassam, devido ao perigos dos estágios anteriores. A libertação é, antes de mais nada, autenticidade consciencial. Segurança consciencial. É onde o silêncio interior predomina, em vez do diálogo interno ou do discurso afamado, competitivo, que defende essa ou aquele posicionamento, exceto em casos em que o exercício da lucidez se faz necessário de forma a auxiliar outros em transcendências.

É o estágio onde se observa friamente os eventos externos e se lida com equanimidade, não sendo vítima de si mesmo, nem de ninguém.

É neste estágio em que a consciência está apta a abarcar realidades que assustariam a qualquer um. Nele, o aspirante sabe que não há mais volta e sabe que é para isto que está aqui. Sabe que a expansão só vem após o confronto com o antigo eu.

O único perigo deste estágio é considerar-se um liberto que não precisa mais aprender nada, ou titubear na tentação de voltar perante a porta que leva ao infinito. Voltar para o que lhe era cômodo e aprazível. Voltar ao antigo Eu.

 Este último estágio é o de maior enfrentamento do medo, pois o preço da liberdade é a consciência da auto responsabilidade. 

Tal como um pássaro que deixa a comida garantida e aconchego da gaiola para os riscos e aventuras da floresta. É a última das escolhas. Seu único alento é saber que não estará sozinho e que do outro lado estarão também outros libertos.
Este alento, no entanto, é apenas uma satisfação íntima, e não uma tentativa de ser acolhido ou de ter escoras, pois sabe que ele mesmo é quem deverá ser o amparador em vez de amparado. O iluminador, em vez de o que busca luz. O que traz o discernimento, em vez para aqueles que só tem dúvidas. 

Buscai: João 18:36

Apolo Augusto – ACADEMIA BRASILEIRA DE CONSCIENCIOLOGIA E ESPIRITUALIDADE